De um importante jurista, com larga experiência no principais tribunais de Brasília, sobre o clima de insegurança vivido pela população brasileira nos dias de hoje:
O Ministro da Defesa fez uma corajosa declaração sobre a falência da segurança pública no Brasil. Ainda que oportuna, pois surpreendentemente vinda de um agente político, a frase faz parte do dia a dia do cidadão de bem há muito tempo. Faltou, no entanto, a resposta à singela pergunta: o que fazer? O quadro é grave e a situação está realmente descontrolada, como bem se nota nas grandes cidades e até mesmo no interior. O que o ilustre Ministro deixa de dizer é que o sistema todo está corroído em todos os pilares: educação e saúde têm o mesmo diagnóstico, mas nada de útil é feito há gerações.
Na verdade a cada gestão o panorama piora a cada quatro anos de terríveis administrações. Conferir os orçamentos indica a real necessidade de ‘cortar na carne’: executivo, legislativo e judiciário consomem fortunas para mau desempenho da máquina e atribuição de benefícios pessoais indignos num país detentor de tantas diferenças. Que tal um pacto de moralidade e decência para releitura do país? Por que não mudar de dentro pra fora e tentar de uma vez por todas ‘arrumar a casa’? A integração dos poderes, com destinação adequada de verbas pelo Executivo, elaboração de leis rígidas pelo Legislativo e aplicação rigorosa pelo Judiciário talvez fosse o início de um belo pacto pela sobrevivência.
A nação está prostrada e com forte tendência a piorar se nada de efetivo for realizado. A hora de acordar já passou e é preciso saltar da cama, sem vaidades e apego a benesses inadmissíveis.