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Justiça sem advogado

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou a criação de um “Centro de Soluções de conflitos”, a ser inaugurado em maio deste ano. Segundo o presidente do Sindicato dos Advogados-RJ, Álvaro Quintão o TJ-RJ informou que não haverá a necessidade de advogados e os conflitos serão analisados via Internet por um robô. O programa de informática que será usado vai ser bancado pelas empresas mais demandadas, em uma total inversão de valores – ou seja, o Estado entrega às grandes corporações o próprio exercício da justiça.

Para Quintão, a certeza é uma só: daqui a pouco, do jeito que a coisa vai, não haverá mais justiça e muito menos advogados. Ele se coloca firmemente contra esse projeto que cria os “Centros de Soluções de conflitos” e informa que pedirá ao procurador do Sindicato dos Advogados-RJ, Nicola Manna Piraino, que analise a situação e tome as devidas providências.

Segundo Álvaro Quintão, “Daqui a pouco nem jurisdicionados existirão mais. Vai valer o que as grandes corporações mandarem e o advogado será esquecido” – ele escreveu em sua conta no facebook. Na mesma postagem no face, Álvaro também afirma: “A indústria do mero aborrecimento vai de vento em popa e a OAB -RJ, com toda a sua importância institucional e histórica de defesa dos valores democráticos, nada faz ou se cala. Mais um vez”.