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Floresta do Camboatá

Por enquanto estão salvas as 180 mil árvores da Floresta do Camboatá que correm risco de ser derrubadas para a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro. A Justiça Federal acatou, em caráter liminar, pedido do Ministério Público Federal (MPF) para impedir a contratação de obras, até que seja apresentado o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) e a licença do órgão fiscalizador.

Com a decisão provisória da Justiça, fica suspensa a assinatura do contrato com a Rio Motorpark, que em maio venceu a concorrência promovida pela Prefeitura para a realização do autódromo. Na ocasião o MPF já havia contestado a escolha do local, no bairro de Deodoro, na zona norte.

Segundo os procuradores, a derrubada da floresta poderia ser evitada, caso fossem escolhidas outras áreas do Exército, que ficam próximas e não possuem vegetação ou vida animal a serem preservadas. Esses outros terrenos são utilizados para exercícios militares.

O Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico realizou um estudo que aponta a Floresta do Camboatá como o único ponto remanescente de grande porte de Mata Atlântica, em área plana na cidade. Lá foram catalogadas 125 espécies diferentes de vegetação, sendo 77 de árvores. No local vivem milhares de animais.