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Tal pai, tal filha

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), desembargador Erivan Lopes, demitiu nesta quarta-feira a analista judiciária Susane Santos Peres Parente da Silva do quadro de Servidores do Poder Judiciário do Piauí. Susane também está envolvida em um processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por nepotismo. A servidora é filha do desembargador do TJ-PI Antônio Peres Parente, afastado em agosto de 2010 pelo plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo é apurar possíveis irregularidades na atuação como magistrado.

Susane foi demitida por infringir deveres funcionais. A servidora teve prisão preventiva decretada em 2010 pelo juiz Roberto Carvalho Veloso a pedido da Polícia Federal (PF) por suspeita de participação numa quadrilha que falsificava alvarás da Justiça para o saque de dinheiro depositado em contas, vinculadas a processos judiciais, na Caixa Econômica Federal (CEF).

De acordo com a denuncia, que foi veiculada no jornal Folha de S. Paulo, Susane fornecia os dados de processos para a falsificação dos documentos. O esquema teria desviado pelo menos R$ 200 mil. Segundo matéria publicada em 2002 pela Folha, Suzane era investigada por suspeita de participação numa quadrilha que falsificava alvarás da Justiça para o saque de dinheiro depositado em contas, vinculadas a processos judiciais, na CEF (Caixa Econômica Federal).

A suspeita é que Suzane fornecia os dados de processos para a falsificação dos documentos das partes envolvidas, números das contas e agências da CEF e saldo, entre outros. Segundo o delegado Orlando Moreira Nunes, responsável pelo inquérito, o esquema desviou pelo menos R$ 200 mil.

Num dos casos, a sacoleira Maria de Jesus Santana _que ganhou uma ação de perdas e danos por ter seu nome enviado indevidamente à Serasa (Centralização de Serviços Bancários)_ descobriu que alguém sacara antes dela a indenização de R$ 40 mil estipulada pela Justiça.