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Cruz Vermelha pode fechar

Uma dívida de R$ 50 milhões, mais de 150 ações trabalhistas na justiça, penhora do prédio-sede, na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio de Janeiro, e bloqueio de todas as contas bancárias da entidade podem  significar o descredenciamento e imediato fechamento de uma das maiores instituições filantrópicas do país, a Cruz Vermelha do Brasil. O novo secretário-geral da entidade, coronel  Paulo Roberto Costa e Silva, diz que atual direção ainda procura solução para o rombo provocado pela grave crise que assola a Cruz Vermelha do Brasil. A direção anterior do órgão central da entidade foi afastada após denúncias de desvio de recursos.

Do montante de R$ 50 milhões de dívidas, pelo menos R$ 4 milhões são devidos à Cruz Vermelha Internacional. Isso porque a partir da abertura da Cruz Vermelha do Brasil, em 1902, firmou-se a obrigação – como acontece com as demais filiais pelo mundo – de um pagamento anual. A anuidade do Brasil, no entanto, não é paga desde 1992. A principal fonte de renda da entidade são cursos e prestação de serviços na área de saúde e doações de pessoas físicas e jurídicas. Desde 2000, a Cruz Vermelha não recebe mais um percentual da Loteria Federal.