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Clima de insegurança

O presidente da OAB de Sergipe (OAB-SE), Henri Clay Andrade criticou hoje a falta de projeto e de investimentos eficientes do governo na segurança pública. Segundo ele, esse descaso com a segurança gerou uma situação dramática para o cidadão diante da violência em Sergipe.

No ano passado – disse Henri Clay – a OAB/SE entregou um documento relatando os graves problemas no sistema de segurança pública e propôs medidas de gestão para prevenir e enfrentar a galopante violência.  Nada de essencial foi implementado pelo governo do Estado”, lamentou.

“A premissa de ação de segurança pública eficiente é a existência e a execução de um projeto preventivo integrado. Violência se combate com inclusão social e também com Polícia. Acreditamos que é fundamental investirmos em nova concepção de segurança pública, em que se contemple educação, assistência social, saúde, cultura e lazer e, nesse contexto, uma Polícia moderna, comunitária, qualificada, bem remunerada e com plenas condições materiais para cumprir a sua importante função social”, avaliou Henri Clay.

Segundo o presidente, “a crise econômica não pode afetar o investimento na segurança pública. O Estado deve ter o compromisso ético de preservar os serviços essenciais que assegurem o bem-estar social”.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram registradas 61.619 mortes violentas, o que equivale ao número de mortes provocadas pela bomba atômica em Nagasaki, no Japão. A letalidade policial cresceu 25,8%.

Sergipe registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 64, seguido de Rio Grande do Norte, com 56,9, e Alagoas, com 55,9 –todos estados do Nordeste.

As capitais com maiores taxas de assassinatos por 100 mil habitantes são Aracaju, com 66,7, Belém, com 64, e Porto Alegre, com 64,1